
“Não seja Centeno” é a mensagem central dos dois cartazes colocados na Avenida da República, numa forma de manifestação pública que o secretário-geral do Sindicato Independente dos Médicos reconhece ser inédita para o sindicato.
A frase central do cartaz é inspirada numa declaração que o próprio ministro da Saúde fez no parlamento, em finais de março, quando tentou negar a existência de qualquer crispação com as Finanças e, perante as acusações da oposição, garantiu: "Somos todos Centeno".
O secretário-geral do SIM adianta que é a “primeira vez” que o sindicato usa esta forma de manifestar o seu descontentamento com um ministro da Saúde.
“Este ministro tem sido mais Centeno [ministro das Finanças] do que ministro da Saúde. Todas as atitudes que tem tido é de um ministro da Saúde que desistiu de defender o Serviço Nacional de Saúde”, afirmou Roque da Cunha em declarações à agência Lusa.
A redução da lista de utentes, até cerca de 1.500, é uma das reivindicações dos dois sindicatos médicos que convocaram uma greve nacional de três dias.
Nos dois cartazes colocados na Avenida da República é utilizada uma fotografia de Adalberto Campos Fernandes da autoria do fotojornalista da Lusa António Cotrim.
“Não seja Centeno! Seja ministro da Saúde!” é o apelo dos cartazes, onde o SIM lembra que há portugueses que ficam “dois anos à espera” de uma consulta e que a lista por médico de família é de cerca de 1.900 utentes.
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