Numa nota enviada à agência Lusa, o sindicato lamenta que o Governo persista em “não resolver os problemas que causam uma situação crítica” no Instituto de Medicina Legal, resultante da “incapacidade em manter os profissionais médicos e de recrutar”.

O SIM, que tem por diversas vezes alertado para a “carência de médicos” no Instituto de Medicina Legal, considera que o problema dos recursos humanos causa “sérios constrangimentos” ao funcionamento do Instituto, que tem “uma carga de trabalho quase insustentável”.

“O Sindicato Independente dos Médicos apela a que o Governo encare de forma séria os problemas do Instituto de medicina Legal e impeça a sua degradação crescente”, afirma a nota.

O Sindicato lamenta ainda que a ministra da Justiça se tenha recusado a responder aos pedidos de audiência.

No verão do ano passado, a Ordem dos Médicos emitiu um comunicado a lamentar que os especialistas em medicina legal sejam “esquecidos pelo sistema”, apesar de prestarem funções essenciais ao país, diariamente, mas também em momentos-chave, como aconteceu nos grandes incêndios de 2017.

Os médicos do Instituto de Medicina Legal atuam não apenas em caso de grandes desastres e na realização de autópsias, mas em várias perícias, como as ligadas a casos de violência doméstica ou a crimes sexuais.