As colheitas de órgãos e os transplantes realizados em Portugal no primeiro semestre deste ano diminuíram em relação ao mesmo período do ano passado, indicam números da Autoridade para os Serviços do Sangue e Transplantação (ASST).

Segundo os dados ontem divulgados referentes à primeira metade de 2011, o número de transplantes desceu 3,4 por cento em relação ao período homólogo do ano passado, ou seja, fizeram-se menos 15.

A colheita de órgãos a nível nacional caiu 1,3 por cento para 156, menos três do que no primeiro semestre de 2010.

O maior número de colheitas (47) verificou-se no gabinete coordenador dos Hospitais da Universidade de Coimbra, onde mesmo assim houve menos dez do que no primeiro semestre do ano passado, seguido do do Hospital de São José, onde se fizeram 40 colheitas, mais seis que no mesmo período de 2010.

A zona norte do país aumentou 62,2 por cento o número de colheitas realizadas, de 37 para 60, enquanto que no centro e sul os números caíram entre 17,5 e 24,6 por cento.

No primeiro semestre deste ano verificou-se uma diminuição da idade média dos dadores: em 2010 a idade média era 52 e este ano foi 47,5 anos.

Quanto ao tipo de órgãos transplantados, continua a ser na sua maioria rins, seguido de fígado. Corações, pulmões e pâncreas também foram transplantados mas em menor número.

Olhando para os números recolhidos pelo Gabinete Coordenador de Colheita e Transplante do Centro Hospitalar de Lisboa Central, sedeado em São José, verifica-se que o hospital Curry Cabral lidera em número de transplantes, com 48 de fígado, 27 de rins e seis de pâncreas.

25 de agosto de 2011

Fonte: Lusa