A notícia é capa da edição desta segunda-feira do Diário de Notícias mas o estudo é do ano passado.

A probabilidade de morrer ao fim de semana num hospital público com uma das 36 doenças estudadas é 3,2% mais alta do que durante a semana.

De acordo com o estudo apresentado no final do ano passado na Conferência Nacional de Economia da Saúde, da autoria de Inês Funenga, no âmbito de um mestrado na Escola Nacional de Saúde Pública, há uma taxa de mortalidade superior ao fim de semana, de 16,3% contra 15,8%. Depois de ajustada face a variáveis como a idade, sexo, tipo de tratamento e diagnóstico, conclui-se que o risco aumentado ao fim de semana é de 3,2%.

Hemorragias intracerebrais entre as complicações que mais matam

Inês Funenga avaliou mais de 200 mil episódios urgentes com internamento nos hospitais em 2012, de um total de 36 doenças responsáveis pelo maior número de mortes e internamentos nos hospitais públicos.

Entre as doenças com maiores taxas de mortalidade ao fim de semana e com maior tempo de internamento estão os cancros do sistema respiratório e digestivo, mas também as hemorragias intracerebrais.

Ao referido jornal, José Manuel Silva, bastonário da Ordem dos Médicos, defende que o "desejável era que os serviços funcionassem 24 sobre 24 horas com equipas completas, para reduzir o risco de mortalidade", uma medida estudada pelo Governo britânico e que deverá entrar em vigor no Reino Unido ainda em 2016.