Cerca de 2,5 milhões de pessoas ainda são infetadas todos os anos pelo vírus da Sida, um número que permanece relativamente constante na última década, segundo um estudo publicado na terça-feira na revista médica The Lancet.

Agora, uma nova vacina pode estar a caminho: 252 pessoas participaram durante 18 meses num primeiro ensaio clínico, chamado HVTN100, na África do Sul, que apresentou resultados embrionários mas satisfatórios.

Todos os participantes tinham um risco baixo de contrair o VIH. O objetivo desta fase do teste era garantir que a vacina era segura.

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O sistema imunitário reagiu bem à vacina. "Queríamos determinar se esta vacina era segura e tolerável", explicou à agência de notícias France Presse a cientista Kathy Mngadi, autora do estudo.

O ensaio baseou-se em resultados significativos de 2009 de uma vacina experimental que reduziu em um terço o risco de contaminação do vírus da Sida na Tailândia.

Essa vacina experimental "deu-nos esperança, mas também revelou tudo que ainda tínhamos ainda para aprender", afirma a co-diretora do ensaio HVTN100, Fatima Laher.

Para a segunda fase do estudo, que será iniciada em novembro, os cientistas vão recrutar 5.400 homens e mulheres sul-africanos de alto risco, entre os 18 e os 25 anos. Desta vez, será medida a eficácia da vacina.

"Esperamos ter resultados dentro de cinco anos", disse Glenda Gray, diretora do programa HVTN Africa.

Na última conferência internacional sobre a Sida, realizada em Durban em 2000, o tema da vacina quase não foi mencionado, recorda Larry Corey, da rede de ensaios de vacinas contra o HIV. "É muito gratificante ver os progressos científicos", afirmou.