“Estamos empenhados em garantir a segurança e o bem-estar do nosso pessoal e dos seus familiares. Por isso, vamos retirar temporariamente alguns trabalhadores britânicos e os seus familiares da nossa embaixada e consulado na China”, disse hoje um porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, num curto comunicado.
A mesma fonte acrescentou que os cidadãos britânicos que continuam no país asiático poderão receber assistência consular “24 horas por dia, todos os sete dias da semana”, apesar de a sua capacidade para prestar apoio poder ser “limitada”.
Esta confirmação ocorre pouco depois da operação de evacuação de Wuhan para Londres e Madrid, num avião fretado pelo Reino Unido com 83 britânicos e outros 27 estrangeiros — principalmente comunitários — que foram isolados ao chegarem aos seus destinos, em função dos esforços para conter a propagação do vírus.
Os britânicos retirados de Wuhan foram transportados, depois de aterrarem na base militar de britânica de Brize Norte, em Oxfordshire (nas imediações de Londres), para o hospital de Arrowe Park, em Wirral, num comboio de seis autocarros escoltados.
Esses cidadãos permanecem alojados e isolados durante 14 dias num complexo de vivendas para pessoal de saúde e serão vigiados a todo o momento por médicos especializados.
No Reino Unido, verificaram-se até agora dois casos positivos de coronavírus em duas pessoas da mesma família, que teriam estado recentemente na China, onde já morreram 259 pessoas, e que se mantém internadas num hospital de NewCastle.
Profissionais de saúde tentam, com caráter de urgência, localizar outras pessoas que poderão ter estado em contacto com esses pacientes diagnosticados e que, potencialmente, poderão ter sido contagiados.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou na quinta-feira uma situação de emergência de saúde pública de âmbito internacional devido ao surto do novo coronavírus, que já provocou 259 mortos na China, que supõe a adoção de medidas de prevenção e coordenação à escala mundial.
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