Uma mulher e uma rapariga morreram e pelo menos mais 200 tiveram de ser levadas das tendas no deserto para hospitais na cidade de Irbil, no Iraque, depois de terem comido a 'iftar', uma refeição que interrompe o período de jejum levado a cabo pelos muçulmanos entre o amanhecer e o pôr-do-sol.

Um deputado iraquiano e a estação televisiva nacional da Arábia Saudita acusaram uma instituição de caridade do Qatar de ser a responsável pela entrega da comida estragada, acusação que ainda não foram comprovadas.

O ministro da Saúde do Iraque, Adila Hamoud, disse à Associated Press que 752 pessoas ficaram doentes depois de comerem uma refeição na noite anterior, no campo Hassan Sham U2, cerca de 20 quilómetros a leste de Mossul.

Segundo as informações que vão chegando às agências de notícias internacionais, a comida, que incluía arroz, molho de feijão, carne, iogurtes e água, foi preparada num restaurante em Irbil por uma ONG local, a Ain el Muhtajeen, vinda de uma doação da instituição de caridade do Qatar conhecida como RAF.

No Twitter, a estação de televisão estatal da Arábia Saudita acusou a RAF de dar comida estragada e divulgou imagens das crianças no campo que foram "envenenadas pela organização terrorista qatari RAF".

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