Depois de a associação ter em janeiro estabelecido uma parceria com a Associação Nacional de Municípios Portugueses, são já cerca de 60 os que aderiram ao programa Abem - Rede Solidária do Medicamento, disse à agência Lusa a presidente do conselho geral e de supervisão da Associação Dignitude, Maria de Belém Roseira.

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“Cobrimos todo o Portugal continental e regiões autónomas e há apenas dois distritos onde nenhum ainda assinou formalmente”, acrescentou.

O programa, lançado há dois anos para ajudar pessoas com doenças crónicas na compra de medicamentos, tem quatro mil beneficiários e, com o envolvimento das farmácias e dos municípios, o objetivo “é chegar ao final do ano com 25 mil”, em todos os concelhos do país.

Maria de Belém Roseira detalhou que 50% dos beneficiários são pessoas em idade ativa, 25% são crianças e os outros 25% são idosos.

A responsável explicou que o programa “pretende evitar que as pessoas tenham de escolher entre comer e comprar medicamentos, salvaguardando sempre a dignidade da pessoa”, já que na adesão ao programa lhes é entregue um cartão para aviar a medicação “sem exibir a sua situação de pobreza”, que apenas fica no conhecimento do farmacêutico.

Maria de Belém Roseira falava após uma parceria estabelecida com os municípios da Lourinhã (distrito de Lisboa) e de Peniche (distrito de Leiria), que passaram a aderir ao programa.

Em janeiro, o programa Abem venceu o prémio António Sérgio, na categoria de Inovação e Sustentabilidade.

A Associação Dignitude foi criada em novembro de 2015 pela Associação Nacional de Farmácias, Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica, Cáritas e Plataforma Saúde em Diálogo e resulta de várias parcerias instituídas com entidades a nível local, autarquias, instituições particulares de solidariedade social (IPSS) e outras instituições da área social.