Pedro Passos Coelho falava durante o debate quinzenal no parlamento, em resposta à deputada do PEV Heloísa Apolónia, que o tinha questionado sobre este tema no debate de há duas semanas.

Já sem tempo regimental, o chefe do Governo pediu a palavra para dizer que o Governo está "muito atento sobre esta matéria" e que apesar de a OMS ter "sinalizado o risco" não "existe evidência que possa haver contaminação".

Este herbicida é o mais utilizado em Portugal.

"A Comissão Europeia ainda não tomou nenhuma posição mas nós vamos iniciar uma investigação sobre esta matéria e se concluirmos que é caso disso não deixaremos de tomar medidas que protejam a saúde pública", afirmou Passos Coelho.

No final de março, a Agência Internacional para a Investigação sobre o Cancro, que integra a OMS e está sediada em França, declarou o glifosato como "carcinogéneo provável para o ser humano".

Passos foi ainda questionado sobre o processo de remoção de amianto de edifícios públicos, tendo dito que "o Governo apresentou uma estratégia para esta matéria" que está a decorrer.

"Há um grupo de trabalho que está a acompanhar os trabalhos de remoção do amianto, que não está a ser feita homogeneamente em todos os setores, mas está a ser feita", afirmou o chefe do Governo.

No debate na Assembleia da República, a deputada ecologista Heloísa Apolónia defendeu a aplicação permanente da contribuição extraordinária para o setor energético.