Um quinto de 495 amostras de areias recolhidas durante cinco anos em 33 zonas balneares revelou fungos e bactérias, entre elas a E.coli, embora estes microrganismos surjam em valores abaixo dos máximos admitidos na maioria das praias.

Os resultados constam de um relatório sobre a Monitorização da Qualidade das Areias em Zonas Balneares, uma iniciativa da Associação Bandeira Azul da Europa, realizada a nível laboratorial pelo Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA) e a Agência Portuguesa do Ambiente (APA).

Trata-se do primeiro estudo longitudinal sobre esta matéria e que avalia a qualidade das areias de 33 zonas balneares portuguesas, entre 2006 e 2010.

Para esta investigação, cujos resultados serão apresentados sexta-feira no Seminário sobre Qualidade de Areias de Praias, em Lisboa, foram analisadas 495 amostras de areias, provenientes de vários níveis de profundidade.

Destas, 60,4 por cento deram positivo a fundos leveduriformes, e a fungos filamentosos potencialmente patogénicos ou alegogénicos, bem como a dermatófitos.

Um quarto das amostras (125) indicou a presença de bactérias, como Escherichia coli, coliformes e enterococos intestinais.

Cem amostras deram positivo à presença de fungos e bactérias, enquanto 165 (33,3 por cento) não indicavam a presença dos parâmetros analisados.

15 de setembro de 2011

Fonte: Lusa