
Fonte da Polícia Judiciária do Porto disse hoje à Lusa que o caso de uma adolescente de 14 anos que se autoflagelou está a ser investigado por suspeitas de cibercrime, tendo a participação sido feita pelas 20:30 de terça-feira pela mãe de uma amiga da adolescente.
Em declarações à Lusa, fonte da PSP reiterou que há uma participação sobre uma adolescente de 14 anos, estudante, que deu entrada no Hospital de São João com “sinais de automutilação numa mão” e com suspeitas de os ferimentos estarem relacionados com os jogos da Internet, designadamente do jogo Baleia Azul.
A PSP contactou a Polícia Judiciária para averiguar as causas dos ferimentos e presume-se que tenha a ver com os jogos da Internet, acrescentou a mesma fonte policial, referindo que a Judiciária já falou com a adolescente na terça-feira à noite.
O Ministério Público tem em curso três inquéritos, nas comarcas de Setúbal, Portalegre e Faro, relacionados com o jogo na Internet “Baleia Azul”, que estimula a automutilação e o suicídio, adiantou hoje à Lusa a Procuradoria-Geral da República.
No jogo, os jovens são compelidos a seguir 50 passos, provando que completaram cada desafio com fotografias que enviam a um 'curador', que incita o jogador a cumprir os desafios. O jogo começará com o desafio de a pessoa escrever “F57” na palma da mão, com uma faca, enviando de seguida uma fotografia ao curador.
Os desafios incluem acordar às 04:20 e subir a um telhado ou uma ponte, cortar os lábios e falar com outros jogadores. O desafio 50 (o último de 50 dias) é o suicídio, da forma que o curador indicar.
O 'curador' pode ser acusado do crime de incentivo ao suicídio (artigo 135 do Código Penal) e punido com pena de prisão de um a cinco anos.
A Lusa contactou fonte do Hospital de São João do Porto, mas até ao momento não foi possível obter informações.
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