Num guia sobre “A prevenção da possível transmissão sexual do Zika”, a organização adianta que as pessoas que vivem naquelas zonas “deveriam considerar práticas sexuais seguras ou absterem-se da atividade sexual”, sem precisar durante quanto tempo.

A recomendação tem por base o facto de a maioria das infeções por Zika serem assintomáticas e de ser possível a transmissão sexual do vírus.

Os conselhos iniciais da OMS em matéria sexual dirigiam-se sobretudo às mulheres grávidas devido à suspeita sobre a relação existente entre o vírus e o aumento de casos de microcefalia no Brasil.

O grupo farmacêutico norte-americano Inovio Pharmaceuticals, que está a desenvolver uma vacina contra o vírus Zika, anunciou na quarta-feira que irá iniciar testes em humanos antes do fim deste ano.

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No guia agora divulgado, a agência da ONU aconselha as grávidas que residem ou regressem de zonas afetadas pelo vírus a praticarem sexo seguro ou optarem pela abstinência “durante toda a gravidez”.

“As mulheres que tiveram sexo sem proteção e não querem ficar grávidas deviam ter acesso a serviços de contraceção de emergência”, defende a organização.

A OMS alargou agora as recomendações face ao que considerou como uma emergência de saúde pública internacional.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) lançou um plano global para orientar a resposta internacional à propagação do vírus Zika e as malformações neonatais associadas a ele no valor de 50 milhões de euros (56 milhões de dólares).

Na terça-feira, o Conselho Nacional de Procriação Medicamente Assistida recomendou que as dádivas de espermatozoides de dadores regressados há menos de seis meses de países com epidemia de Zika e as dadoras de ovócitos que lá tenham estado há menos de 28 dias não devem ser aceites.

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