Em comunicado divulgado após a segunda reunião do comité de emergência sobre a rápida difusão da doença, a OMS julgou necessário "aconselhar as mulheres grávidas que não viajem para áreas onde há um surto atual de Zika".
Para a diretora-geral da OMS, Margaret Chan, "não temos que esperar até que tenhamos novas provas definitivas", antes de desaconselhar às grávidas que viajem para zonas afetadas pelo Zika.
"A transmissão local já foi registrada em 31 países e territórios da América Latina e Caribe", afirmou.
Além disso, segundo Chan, "a investigação clínica e epidemiológica reforçou a ligação entre o Zika e a existência de malformações fetais e distúrbios neurológicos".
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"O vírus foi detetado no líquido amniótico. Há indícios de que possa atravessar a placenta e infetar o feto. Pode concluir-se que o vírus é neurotrópico e o Zika afeta principalmente os tecidos do cérebro", disse a diretora.
Segundo Chan, "a microcefalia é apenas uma das anormalidades congénitas documentadas".
O vírus está presente em praticamente toda a América Latina, exceto Chile.
Acredita-se que tenha causado pelo menos centenas de casos de microcefalia em bebés de mães infetadas. Esta malformação grave e irreversível é caracterizada por um tamanho anormalmente pequeno do crânio em recém-nascidos.
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