29 de novembro de 2013 - 09h53
Um novo tratamento antiretroviral, conhecido por Option B+, aumenta as probabilidades de tratar de forma eficaz mulheres com VIH e prevenir a transmissão do vírus aos filhos durante a gravidez, revela hoje um relatório da Unicef.
"Graças a um novo tratamento antiretroviral simplificado que deve ser tomado durante toda a vida (conhecido com Option B+), há agora mais possibilidades de tratar eficazmente mulheres que vivem com o VIH e prevenir a transmissão do vírus aos seus bébés durante a gravidez, o parto e a amamentação", refere o relatório 'As crianças e a SIDA: Um balanço sobre a situação 2013'.
"Este tratamento implica a toma diária de um único comprimido", adianta.
O Malaui foi o país pioneiro na oferta do tratamento Option B+ desde 2011.
"Hoje em dia, mesmo que uma mulher grávida viva com o VIH, isso não significa que o seu bébé tenha de ter o mesmo destino, o que também não significa que ela não possa ter uma vida saudável", sublinha Anthony Lake, diretor executivo da Unicef, citado no relatório.
A Unicef adianta que as maiores taxas de sucesso foram atingidos na África subsariana.
"De 2009 a 2012, as novas infeções em crianças recém-nascidas diminuíram 76% no Gana, 58% na Namíbia, 55% no Zimbabué, 52% no Malaui e Botsuana e 50% na Zâmbia e Etiópia".
Segundo a Unicef, para que uma geração livre de SIDA se torne realidade é necessário que as crianças com o vírus recebam tratamento antiretroviral, mas atualmente "apenas 34% das crianças que vivem com VIH em países de baixo e médio rendimento receberam o tratamento que precisavam em 2012, contra 64% dos adultos".
Esta é a razão, argumenta a Unicef, "pela qual cerca de 210.000 crianças morreram de doenças relacionadas com SIDA" no ano passado.
Lusa