"Saber a localização do tumor é essencial para conseguir detetá-lo cedo", afirmou Kun Zhang, professor de bioengenharia na faculdade de engenharia da universidade da Califórnia e o principal autor do estudo publicado esta segunda-feira (06/03) na revista Nature Genetics.

O método aproveita-se do facto de os tumores, ao crescer, competirem com as células normais pelos nutrientes disponíveis, acabando por matá-las. Os cientistas seguiram o ADN dessas células mortas, que vai parar ao sangue, para identificar o tecido afetado pelas células cancerosas.

"Fizemos esta descoberta por acaso. No princípio, seguíamos a abordagem convencional, procurando células cancerosas e tentando identificar de onde vinham. Mas também detetámos sinais de outras células e percebemos que se juntarmos os dois tipos, podíamos determinar a presença de um tumor e saber onde está a crescer", afirmou Zhang.

Os cientistas responsáveis pelo estudo procurarão agora levar as suas conclusões para o plano clínico, trabalhando com oncologistas para apurar e refinar este método.

Segundo a Sociedade Portuguesa de Oncologia, o cancro é a principal causa de morte em Portugal para quem tem menos de 65 anos. Quase um terço (31,7%) dos portugueses que morrem antes dos 65 anos são vítimas de um tumor - a percentagem mais elevada entre todas as causas de morte.

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