O laboratório espera pedir a autorização nos Estados Unidos e na Europa no terceiro trimestre, notícia que causou uma queda de 12% do valor das suas ações. A vacina da Novavax é fundamental para o programa Covax, da Organização Mundial da Saúde (OMS), criado para tentar garantir que os países pobres tenham um acesso igualitário aos imunizantes contra a COVID-10.
A NVX-CoV2373 demonstrou 100% de proteção contra doenças graves num teste clínico de fase 3 realizado no Reino Unido, com eficácia de 89,7% contra qualquer forma da doença. Ela utiliza uma parte do vírus SARS-CoV-2 chamada proteína "spike", que a empresa produz em massa dentro das células de insetos. Embala essa ponta dentro das nanopartículas e envia-as para o sistema imunológico, que treina o corpo do recetor, caso encontre o vírus real.
A empresa tinha anunciado ontem que obteve resultados positivos de estudos pré-clínicos de uma vacina que combina as suas injeções contra a gripe e a COVD-19. Ela informou que o estudo, que será submetido à revisão por pares, mostrou que a injeção produziu fortes níveis de anticorpos contra ambas as doenças em furões e hamsters.
"Apesar das baixas taxas durante a pandemia da COVID-19, a gripe continua a ser um risco significativo para a saúde pública mundial, e a necessidade de vacinas versáteis e mais eficientes é tão importante como sempre, inclusive contra a gripe", disse o presidente de Pesquisa e Desenvolvimento da empresa, Gregory Glenn.
A nova vacina combina as doses de NanoFlu e a NVX-CoV2373, que se encontram, em separado, em testes finais em humanos. Nenhuma delas foi aprovada ainda.
Os hamsters que foram vacinados e depois deliberadamente infetados com o coronavírus mantiveram seu peso corporal em comparação com aqueles que receberam um placebo.
Amostras de pulmão retiradas dos animais imunizados depois de serem sacrificados revelaram que estavam livres de COVID-19.
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