
A propósito da Semana Mundial da Imunização, que decorre até sexta-feira, a UNICEF estima ter imunizado quase metade das crianças menores de cinco anos, tendo adquirido em cem países cerca de 2,5 mil milhões de doses de vacinas, tornando o organismo da ONU o maior comprador de vacinas para crianças do mundo.
Num comunicado, a UNICEF salienta que “atende a quase metade das crianças do mundo com vacinas que salvam vidas” e diz que apesar do progresso “milhões de crianças ainda não são abrangidas pela vacinação que protege as suas vidas”. “O acesso à vacinação levou a uma diminuição impressionante das mortes de crianças menores de cinco anos por causa de doenças que se podem prevenir mediante a imunização e trouxe o mundo mais perto do objetivo de se erradicar a poliomielite”, diz a UNICEF.
E se diminuíram drasticamente as mortes por sarampo e tétano, baixaram também para quase metade as mortes por pneumonia e para mais de metade as mortes por diarreia, no mesmo período (2000 a 2015) e em consequência das vacinas.
Ainda assim, salienta a organização das Nações Unidas, todos os anos cerca de 19,4 milhões de crianças não recebem vacinas completas em todo o mundo, a maior parte (dois terços) delas a viver em países afetados por conflitos.
“Sistemas de saúde precários, pobreza e desigualdades sociais também significam que uma em cada cinco crianças menores de cinco anos ainda não é atingida com vacinas que poderiam salvar sua vida”, diz a UNICEF.
E citando o chefe da área da imunização da UNICEF, Robin Nandy, acrescenta o comunicado: “Todas as crianças, independentemente de onde vivam ou quais sejam suas circunstâncias, têm o direito de sobreviver e prosperar, e a estar protegidas contra as doenças mortais".
Desde 1990, ainda de acordo com o mesmo responsável, a imunização tem sido “uma das principais razões para o decréscimo considerável da mortalidade infantil”, apesar de “1,5 milhões de crianças ainda morrerem cada ano devido a doenças que se podem prevenir com uma vacina".
O que é o sarampo?
O sarampo foi eliminado em Portugal. No entanto, como as doenças e os vírus não conhecem fronteiras continua a haver risco de importação de casos de doença de outros países, podendo dar origem a casos isolados ou surtos, mesmo em países onde a doença foi eliminada.
O sarampo é uma doença altamente contagiosa causada por um vírus, sendo mesmo das infeções virais mais contagiosas. Geralmente é propagada pelo contacto direto com secreções nasais ou da faringe e por via aérea.
Segundo o Diretor-Geral da Saúde, a vacina que confere imunização contra esta doença é para ser administrada aos 12 meses de idade, com um reforço aos 5 anos. "O nosso apelo é para que todas as crianças destas idades tenham a vacina em dia e que os pais e mães não deixem de vacinar as crianças, porque não podem dispor do destino da saúde dos seus filhos, as crianças não podem ter a sua saúde exposta a riscos, porque não têm poder de decisão", destaca o médico.
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