“Estará por dias a remissão para o meu gabinete das conclusões do inquérito, nessa altura haverá novidades”, disse o ministro aos jornalistas, à margem do encontro de profissionais de saúde no âmbito do desafio Gulbenkian “STOP Infeção Hospitalar”, a decorrer até sábado no Porto.

O Ministério da Saúde anunciou a 23 de dezembro que pediu à administração do Centro Hospitalar de Lisboa Central e à Inspeção-Geral das Atividades em Saúde para apurarem eventuais responsabilidades do Hospital de São José, na morte de um doente.

Numa curta nota enviada à agência Lusa, o Ministério da Saúde informou que solicitou a abertura imediata de um inquérito às duas entidades na sequência das notícias difundidas na comunicação social, referentes a um jovem de 29 anos que faleceu no dia 14 de dezembro, no Hospital de São José, em Lisboa, por não haver um neurocirurgião para efetuar uma intervenção cirúrgica.

A decisão da tutela surgiu algumas horas depois de os presidentes da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT), do Centro Hospitalar de Lisboa Central e do Centro Hospitalar Lisboa Norte se demitirem, na sequência desta morte, devido à falta de um neurocirurgião.

Nesse mesmo dia, o ministro da Saúde garantiu que a falta de neurocirurgiões ao fim de semana nos hospitais de Lisboa, que levou à morte do jovem em S. José, não voltaria a acontecer, reconhecendo que os cortes na saúde tinham ido longe demais.