30 de maio de 2014 - 05h45
A Federação Nacional dos Médicos, o Sindicato Independente dos Médicos e a Ordem dos Médicos vão solicitar uma reunião conjunta ao ministro da Saúde com “extrema urgência”, para falar sobre o momento atual do Serviço Nacional de Saúde.
Os três organismos estiveram hoje reunidos na Ordem dos Médicos para analisar “a grave e preocupante situação em que se encontram as instituições do Serviço Nacional de Saúde (SNS)”.
A ser analisadas estiveram tanto as condições de trabalho dos médicos, como a qualidade dos serviços prestados aos cidadãos, ambas sob o ponto de vista da política que tem vindo a ser implementada pelo Ministério da Saúde, adiantaram.
Na sequência da reunião, os três organismos decidiram solicitar a Miguel Macedo uma reunião conjunta “com caráter de urgência”.
O objetivo é transmitir ao ministro da Saúde “a leitura que fazem do momento presente, bem como dar conta da exigência em ver corrigidas as gravosas medidas que objetivamente têm vindo a fragmentar e desqualificar a prestação de cuidados médicos do SNS”.
Na semana passada, tornou-se público que o Ministério da Saúde pretende avançar com a chamada "lei rolha", como foi apelidada por médicos, especialistas e dirigentes. Trata-se da introdução no código de ética de uma nova lei proíbe os funcionários do Serviço Nacional de Saúde de “denunciarem as insuficiências” e falhas do mesmo. 
A intenção da tutela gerou imediata reação junto do bastonário da Ordem dos Médicos, José Manuel Silva, que falou numa "revolta de indignação". 
Os responsáveis da OM/Norte comunicaram querer avançar com medidas radicais, que implicam a “ruptura” com o ministério.
Por SAPO Saúde com Lusa