Paulo Lilaia afirmou ainda que nos últimos 15 anos o SNS poupou 4 mil milhões de euros com o uso deste tipo de medicamentos, sendo que deste valor 3 mil milhões de euros se referem ao período entre 2011 e 2017.

10 medicamentos para as dores
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Paulo Lilaia, presidente da APOGEN há dez anos, lembrou que “o uso de medicamentos genéricos e biossomilares permite, para além de uma poupança vital para a sustentabilidade do setor da saúde, o maior acesso de doentes às terapêuticas e a canalização do investimento em medicamentos inovadores que tragam valor terapêutico acrescentado”.

Para comemorar os seus 15 anos de atividade, a associação juntou um painel de convidados – Nicolau Santos, António Vaz Carneiro e António Melo Gouveia – para discutir o presente e o futuro dos medicamentos genéricos e biossimilares, num evento que decorreu no Centro Cultural de Belém.

A Nicolau Santos, Presidente do Conselho de Administração da Agência Lusa, coube fazer um enquadramento do presente e do futuro da economia a nível nacional e internacional, seguindo o painel com a intervenção de António Vaz Carneiro, Diretor do Centro de Estudos de Medicina Baseada na Evidência, que se centrou na equivalência entre medicamentos inovadores e biossimilares. 

Seguiu-se António Melo Gouveia, Diretor dos Serviços Farmacêuticos do IPO de Lisboa que falou sobre os benefícios económicos e no acesso a medicamentos, do uso de genéricos e biossimilares deixando a mensagem de que “se um grupo relevante de medicamentos não tiver genéricos, torna-se num fator de insustentabilidade”.

O evento foi encerrado por Rosa Matos, Secretária de Estado da Saúde, em representação do Ministro da Saúde, que lembrou que “metade dos medicamentos dispensados já são genéricos” destacando a necessidade de se investir para que a quota de genéricos e biossimilares possa crescer.

Paulo Lilaia recordou ainda que de acordo com a Medicines for Europe – Associação Europeia de Medicamentos Genéricos e Medicamentos Biossimilares – na Europa, os genéricos representam 62% da totalidade dos medicamentos dispensados e proporcionam uma poupança superior a 100 mil milhões de euros, servindo mais de 500 milhões de doentes só na Europa.