Na conferência de imprensa bissemanal sobre a pandemia, a coordenadora do Núcleo de Prevenção de Doenças Infecciosas e Vigilância da Doença lembrou que Portugal está prestes “a voltar à normalidade”, algo que em Macau só pode acontecer se uma significativa percentagem da população for inoculada, de forma a garantir imunidade de grupo.
Leong Iek Hou salientou que em Portugal a taxa de vacinação de idosos ronda os 90%. No final de agosto, em Macau, mais de 90% dos idosos a partir dos 80 anos não tinham sido vacinados.
Portugal está próximo de atingir a meta de 85% da população vacinada contra a covid-19. Em Macau, pouco mais de 330 mil pessoas foram vacinadas com as duas doses, num território que tem mais de 680 mil habitantes, isto apesar de a vacina ter sido disponibilizada à população em geral há mais de meio ano, gratuitamente.
A resistência à vacina em Macau tem levado as autoridades sanitárias a promover campanhas de sensibilização, com apelos sistemáticos à vacinação.
Na segunda-feira, anunciaram mesmo que os trabalhadores de Macau, nos setores público ou privado, ficam obrigados a fazer um teste à covid-19 a cada sete dias, caso não estejam vacinados.
Desde o início da pandemia da covid-19, Macau registou 63 casos da doença, dos quais 58 em pessoas oriundas do exterior e cinco relacionados com estes casos “importados”.
Em Portugal, desde março de 2020, morreram 17.882 pessoas e foram contabilizados 1.058.347 casos de infeção confirmados, segundo dados da Direção-Geral da Saúde.
A covid-19 provocou pelo menos 4.646.416 mortes em todo o mundo, entre mais de 225,72 milhões de infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência de notícias France-Presse.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em países como o Reino Unido, Índia, África do Sul, Brasil ou Peru.
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