“O Bloco de Esquerda considera que devem ser dadas todas as explicações sobre esta situação”, lê-se no requerimento em que é pedido para a direção-geral ser ouvida na comissão parlamentar de saúde.

Onze casos de infeção por ‘legionella’ foram diagnosticados com ligação ao surto no hospital CUF Descobertas, em Lisboa, informou a Direção-geral da Saúde (DGS). O anterior balanço dava conta de sete casos.

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No requerimento, os bloquistas querem saber “como foi possível a contaminação no Hospital CUF Descobertas por este tipo de bactérias”, que “procedimentos de prevenção e de controlo estavam em curso” e se algo falhou.

O BE quer igualmente saber se a contaminação “foi facilitada por problemas estruturais na rede de águas ou nos sistemas de refrigeração” e “como melhorar a prevenção e o controlo bacteriológico das redes de água e sistemas de refrigeração”.

Para a bancada bloquista, é também necessário “perceber que acompanhamento as entidades competentes fazem para garantir o cumprimento por parte dos hospitais privados das regras, normas e procedimentos para prevenir e evitar estas situações”.

Vigilância reforçada

Em comunicado, a DGS reitera que as autoridades de saúde, em articulação com o Conselho de Administração do hospital CUF Descobertas e em colaboração com o Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge, mantêm a “necessária intervenção junto do hospital” para assegurar o diagnóstico e tratamento dos doentes, o reforço da vigilância epidemiológica e ambiental e a aplicação das medidas necessárias para interromper a transmissão.

O hospital CUF Descobertas, em Lisboa, está já a contactar todos os doentes que estiveram internados entre os dias 06 e 26 deste mês para despistar eventuais casos.

A bactéria “Legionella pneumophila” é responsável pela doença dos legionários, uma forma de pneumonia grave que se inicia habitualmente com tosse seca, febre, arrepios, dor de cabeça, dores musculares e dificuldade respiratória, podendo também surgir dor abdominal e diarreia. A incubação da doença tem um período de cinco a seis dias depois da infeção, podendo ir até dez dias.