Em comunicado conjunto, o gabinete do primeiro-ministro e o Ministério da Saúde israelitas informam hoje que o recolher obrigatório entre as 18:30 e 5:00 estará em vigor de quinta-feira até este sábado.

“Isto é para evitar o que aconteceu no último Purim, que não queremos que se repita” disse o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, durante uma visita a um centro de vacinação no norte do país, em referência às grandes festividades de 2020, consideradas por cientistas como tendo contribuído para a primeira vaga de covid-19 no país.

O Purim envolve celebrações não apenas nas sinagogas, mas também nas ruas.

Durante o recolher obrigatório a partir de quinta-feira, ficarão proibidas visitas a residências de pessoas terceiras e os transportes públicos funcionarão de forma reduzida.

De acordo com o Governo, as deslocações ficarão também limitadas a um quilómetro da residência.

Esta semana, Israel deu mais um passo rumo ao desconfinamento com a reabertura de grande parte dos negócios e o uso do certificado verde, que permite aos vacinados e recuperados da covid-19 o acesso a alguns espaços.

Comércio de rua que estava encerrado, mercados ao ar livre, centros comerciais, bibliotecas e museus podem reabrir com regras restritas para a prevenção da propagação do novo coronavírus.

Por seu lado, os alunos do quinto e sexto anos do ensino básico e os dos últimos anos do ensino secundário podem regressar às aulas em áreas com baixa taxa de mortalidade, após os mais pequenos, do pré-escolar e primeiros anos do ensino básico, o terem feito há mais de uma semana.

Foi também autorizada a abertura de ginásios, piscinas, hotéis e espaços para eventos desportivos e culturais, como teatros, mas com acesso restrito apenas a quem já tenha recebido as duas doses da vacina ou superado o coronavírus.

O levantamento das restrições integra a segunda fase do desconfinamento que Israel iniciou a 07 de fevereiro, depois de um terceiro confinamento nacional de seis semanas.

O início da terceira fase está previsto acontecer em 07 de março, com a reabertura dos cafés ou restaurantes e o retorno às escolas dos alunos dos cursos que por enquanto continuam com aulas virtuais.

Israel prossegue com a sua campanha de vacinação, a mais rápida do mundo: quase 50% da população recebeu, pelo menos, uma dose da vacina Pfizer e mais de um terço já recebeu ambas.

Para além disso, a taxa de contágios diminuiu nas últimas semanas e, segundo dados do Ministério da Saúde publicados no sábado, a mortalidade por covid-19 reduziu 98,9% entre aqueles que receberam a segunda dose da vacina há, pelo menos, 14 dias.

Desde o início da pandemia, Israel, com 9,2 milhões de habitantes, regista quase 750 mil contágios e 5.526 mortes.