A dopamina é uma neuro hormona libertada pelo cérebro quando se recebe uma série de estímulos, entre os quais a novidade e a sexualidade.
“A pornografia da internet tem mais formas de aumentar a dopamina do que a novidade sexual simples”, explicou o investigador, que advertiu que hoje em dia o utilizador de internet chega ao orgasmo após ver dezenas de vídeos”, reformulando-se a experiência sexual e hedonista.
Além do mais, a internet oferece ao utilizador a visão de diferentes experiências sexuais, desde fetiches a estranhas fantasias perturbadoras que, “além de poderem provocar ansiedade, aumentam os níveis de excitação sexual”, sublinhou numa conferência sobre sexualidade na capital mexicana.
Os níveis de dopamina elevam-se de forma mais rápida do que no sexo tradicional, pois a pornografia pode ser considerada como um estímulo “supernormal”.
“Estes estímulos são aqueles que duplicam as causas que consideramos muitos atrativas”, afirmou.
Mas não apenas isso, acrescentou Wilson, “a pornografia de alta velocidade também permite controlar a dopamina com o rato do computador”.
“Isto não o podíamos fazer nem com as revistas, nem com os encontros reais”, indicou.
O cérebro experimenta assim dois processos gémeos, a sensibilização e a dessensibilização.
O primeiro permite elevar os níveis de dopamina, enquanto o segundo aumenta a tolerância, fazendo as pessoas dependentes de cada vez mais estímulos para obter prazer.
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