"O Serviço de Urgência Geral está a funcionar normalmente e de forma articulada com os hospitais da Península de Setúbal, apesar das dificuldades que temos tido na contratação de profissionais para constituição de escalas e não comprometendo o gozo de férias por parte dos nossos colaboradores que se acumularam em virtude da total dedicação ao surto pandémico", lê-se numa resposta à agência Lusa do gabinete de comunicação do Centro Hospitalar de Setúbal.
O Sindicato Independente dos Médicos (SIM) disse hoje que a falta de clínicos no hospital de Setúbal está a pôr em risco a segurança das urgências e apelou ao encerramento deste serviço quando "os critérios mínimos não estejam assegurados".
Segundo o sindicato, as escalas de urgência da especialidade de medicina interna no Hospital São Bernardo, em Setúbal, "estão longe de cumprir os níveis de segurança necessários", com "vários dias ao longo do mês de agosto" com "menos de metade [nalguns casos menos de um terço] dos clínicos exigidos pelos critérios mínimos definidos pela Ordem dos Médicos".
O sindicato pediu, neste contexto, à Direção Clínica do hospital e à Direção do Serviço de Urgência "para que, quando os critérios mínimos não estejam assegurados, comuniquem com o INEM e encerrem a urgência".
Por outro lado, exigiu ao Governo e à Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT) a contratação de médicos para o hospital de Setúbal.
Segundo a resposta hoje enviada à Lusa pelo gabinete de comunicação do centro hospitalar, o número de médicos no hospital tem aumentado nos últimos três anos e passou de 393 mais 82 em regime de "prestação em regime individual" em 2018 para 400 mais 100 prestadores de serviços em 2020, não tendo fornecido números relativos a 2021.
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