Os enfermeiros do bloco operatório do Hospital de Braga vão iniciar no sábado uma greve às horas extraordinárias “por tempo indeterminado” em protesto contra o “incumprimento” do acordado com a administração sobre horas extraordinárias e prémios de produção.

Em declarações à Agência Lusa, o presidente do Sindicato dos Enfermeiros, José Azevedo, explicou as reivindicações dos enfermeiros do bloco operatório do Hospital de Braga, cuja direção está entregue ao Grupo de Saúde Mello.

“São três os principais motivos que originaram a greve anunciada: excesso de horas de trabalho, falta de pagamento de horas extraordinárias e o não pagamento de um 15.º mês, prometido pela administração como prémio por objetivos alcançados”, enumerou.

Sobre o “excesso de horas”, José Azevedo explicou que “os enfermeiros passam demasiadas horas em serviço e longe de casa”.

Além disso, apontou os “horários descasados” como fator de “impedimento à organização da vida pessoal dos profissionais”.

Quanto ao pagamento das horas extraordinárias em atraso, “que em alguns casos atingem as 300 horas”, segundo o responsável, a “administração terá já garantido o pagamento.

Mas, realçou José Azevedo, “falta ainda o décimo quinto mês”.

Segundo o presidente do Sindicato dos Enfermeiros, “a administração do Hospital de Braga prometeu aos enfermeiros que lhes seria pago um prémio, um décimo quinto mês, caso fossem atingidos os objetivos propostos”.

No entanto, afirma José Azevedo, “anunciaram que esses objetivos foram atingidos e o prémio não foi pago”.

Hoje o sindicato vai reunir com a administração do Hospital de Braga para “chegar a um consenso”.

Caso não seja atingido, os enfermeiros do bloco operatório iniciam uma greve às horas extraordinárias.

“O bloco começa a funcionar às oito da manhã e o horário normal dos profissionais de enfermagem estipula que o dia acaba às 15 horas. Depois disso entram em greve e não trabalham mais”, avisou José Azevedo.

22 de julho de 2011

Fonte: Lusa