Em funções desde 20 de fevereiro, Miguel Paiva revelou hoje em entrevista à Lusa que uma das prioridades do seu mandato é "fazer evoluir a qualificação técnica da instituição e afirmá-la como uma unidade altamente diferenciada, onde se pratica cirurgia efetivamente diferenciadora".

A ideia é demonstrar que no [hospital] S. Sebastião "há médicos de elevada capacidade técnica que fazem investigação científica e contribuem para a formação de outros profissionais".

"Se formos pujantes na investigação, teremos sempre ‘sangue novo’ no hospital. Este é um aspeto fundamental e vamos apostar nesta visão", anuncia.

A par dessa estratégia, Miguel Paiva propõe-se também estabilizar o serviço de Urgência do ‘S. Sebastião’ e proceder a uma análise rigorosa das atuais infraestruturas do hospital. "Queremos avaliar se as condições da unidade são as adequadas, nomeadamente ao nível do número de camas de internamento, que, atualmente, são 384", refere.

"Caso a infraestrutura não seja a conveniente, teremos que reequacionar o funcionamento dos blocos operatórios e ver se, pelo menos até final deste ano, lançamos os projetos que venham a ser identificados como necessários", afirma.

Para o novo administrador do Centro Hospitalar, a concretização desses três objetivos conduziria a um outro: "Que, à semelhança do que aconteceu durante muitos anos, o hospital S. Sebastião seja reconhecido no sistema público português como o melhor - ou, pelo menos, como um dos melhores".