
Um tribunal suíço tomou uma decisão história ao considerar que fazer sexo com alguém sem preservativo, quando o parceiro pensa que este método anticontracetivo está a ser utilizado, constitui o crime de "violação", avança a agência de notícias Reuters.
Este caso de "stealthing", nome dado ao ato de remover o preservativo sem autorização, foi parar aos tribunais porque a vítima apresentou queixa na Justiça. No entanto, o homem recusou sempre ter retirado o preservativo de forma propositada.
Em tribunal, o arguido rejeitou ainda fazer exames serológicos para aferir a possibilidade de possuir alguma doença venérea.
No entanto, o Tribunal Criminal de Lausanne deu como provado que a mulher teria recusado consentir o ato sexual se soubesse que o preservativo teria sido removido.
O homem de 47 anos foi condenado a uma pena suspensa de 12 meses de prisão e considerado culpado do crime de violação.
O sujeito, que não foi identificado, é um cidadão de origem francesa que conheceu uma mulher suíça na aplicação para telemóvel de encontros Tinder.
Segundo a acusação, o homem tirou o preservativo sem avisar a mulher e sem que esta se apercebesse, o que a levou a manter o ato sexual.
O advogado da vítima, Baptiste Viredaz, classificou a situação de exemplar e disse que esta foi "a primeira decisão do género" na Suíça, escreve aquela agência de notícias.
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