A Sociedade Portuguesa de Pneumologia e a de Cardiologia anunciaram hoje, no Porto, a criação de "um registo nacional de doentes com hipertensão pulmonar", sendo esta uma plataforma que irá permitir "economizar esforços e poupar recursos".

Num simpósio sobre hipertensão arterial pulmonar no âmbito do Congresso de Pneumologia, que decorre desde sexta-feira e termina hoje na Alfândega do Porto, foi anunciado o "início de um registo nacional de doentes com hipertensão pulmonar", iniciativa, em parceria, da Sociedade Portuguesa de Pneumologia e da Sociedade Portuguesa de Cardiologia.

"Este registo devia acontecer em todas as doenças para haver a notificação de quais e que tipos de populações é que existem com esta doença, para que possamos ser mais eficazes na abordagem dos doentes e na utilização de determinados tratamentos", disse à Agência Lusa o presidente da Sociedade Portuguesa de Pneumologia, Carlos Robalo Cordeiro.

Segundo o responsável, "no caso concreto da hipertensão pulmonar isso é muito importante, porque são drogas muito caras e portanto é crucial sabermos exatamente a quem e quando é que as devemos dar". Carlos Robalo Cordeiro defendeu que esta "é uma forma de economizar esforços e de poupar recursos".

"Se tivermos os doentes bem identificados e soubermos exatamente a que doentes é que devemos fornecer essa medicação, a terapêutica será distribuída de forma indiscriminada", explicou.

Segundo o presidente da Sociedade Portuguesa de Pneumologia, as bases deste registo nacional estão criadas, passando agora o trabalho para a fase da logística.

No mesmo congresso, segundo Carlos Robalo Cordeiro, foi ainda anunciado "que uma nova vacina para a pneumonia teve a autorização, na quinta-feira, da Agência Europeia para o Medicamento, para ser muito em breve comercializada".

"É uma vacina para uma doença que tem ainda uma mortalidade muito elevada, sobretudo em população idosa e nomeadamente em ambiente hospitalar", explicou.

O médico disse ainda que foi também "apresentada uma nova vacina para a gripe que tem uma deposição diferente na pele, de forma a torná-la, sobretudo em população idosa, mais eficaz".

31 de outubro de 2011

@Lusa