O crescimento mundial será inferior em 2020 ao de 2019 devido ao impacto da epidemia do novo coronavírus, mas é "difícil prever quanto", afirmou hoje a diretora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva.
A dirigente do FMI, que falava numa conferência de imprensa conjunta com David Malpass, seu homólogo do Banco Mundial, considerou que o contágio que atinge os circuitos de oferta e a procura "exige uma resposta a nível mundial".
Em janeiro, o FMI previa para 2020 um crescimento de 3,3%, acima dos 2,9% de 2019.
Os 189 países-membros do FMI prometeram hoje dar "todo o apoio necessário para limitar o impacto" da epidemia, em particular nos países mais vulneráveis, após uma teleconferência do comité monetário e financeiro internacional do Fundo.
"Pedimos ao FMI para utilizar todos os instrumentos financeiros à sua disposição para ajudar os países-membros que necessitem", refere um comunicado, no qual se diz também que há "confiança" em poder ultrapassar a crise e "restaurar o crescimento".
O surto de Covid-19, detetado em dezembro, na China, e que pode causar infeções respiratórias como pneumonia, provocou cerca de 3.200 mortos e infetou mais de 93 mil pessoas em 78 países, incluindo cinco em Portugal.
Das pessoas infetadas, cerca de 50 mil recuperaram.
Além de 2.983 mortos na China, há registo de vítimas mortais no Irão, Itália, Coreia do Sul, Japão, França, Hong Kong, Taiwan, Austrália, Tailândia, Estados Unidos da América e Filipinas.
Um português tripulante de um navio de cruzeiros está hospitalizado no Japão com confirmação de infeção.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou o surto de Covid-19 como uma emergência de saúde pública internacional e aumentou o risco para “muito elevado”.
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