A Sociedade Espanhola de Médicos de Cuidados Primários (Semergen) espera que sejam aplicadas em todas as comunidades autónomas as medidas que visam o cumprimento da norma que determina a prescrição de medicamentos genéricos.
A posição foi manifestada ontem pelo responsável de investigação da Semergen, José Fernando Pérez Castán, num congresso, em Oviedo, sobre a generalização da prescrição de fármacos por substância ativa (medicamentos que, em regra, são mais baratos do que os de marca).
Segundo a agência Efe, a Semergen defende ainda a uniformização das embalagens dos medicamentos para que o doente possa mais facilmente identificá-los.
Em representação da indústria farmacêutica, o presidente da Farmaindustria, Jordi Ramentol, advogou que os medicamentos de marca “proporcionam a mesma poupança para o Sistema Nacional de Saúde [SNS] que os genéricos”.
Para Ramentol, “o que prima” para o SNS é sempre a dispensa do fármaco mais barato, independentemente de ser genérico ou não, pelo que não se pode interpretar a prescrição por substância ativa como “uma obrigação”.
Em nome da autoridade espanhola do medicamento, a diretora-geral de Farmácia e Produtos de Saúde do Ministério da Saúde, Dolores Vaquero, assegurou que a nova norma “contribui para a sustentabilidade da prestação farmacêutica, sem eliminar nenhum medicamento”.
Recentemente foi aprovada em Portugal uma proposta de lei que obriga à prescrição de medicamentos genéricos (Denominação Comum Internacional).
04 de novembro de 2011
@Lusa
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