A propósito do Dia Internacional do Sol, que se comemora a 3 de maio, as duas sociedades científicas uniram-se numa ação que está a percorrer o país e que ontem esteve em Lisboa, na Gare do Oriente, a realizar rastreios à osteoporose, uma doença que os especialistas consideram já ser uma epidemia e que em Portugal é responsável por 10 mil fraturas da anca todos os anos.

Os dados mostram ainda que são gastos mais de 100 milhões de euros por ano no tratamento das fraturas da anca, o que representa pelo menos 25% dos custos totais das fraturas decorrentes da osteoporose.

Outro número alarmante é o que revela que metade de todas as pessoas que hoje têm 50 anos vão sofrer uma fratura osteoporótica no que resta da sua vida.

Perante a gravidade deste cenário, os rastreios à osteoporose são uma ferramenta de grande utilidade e que permite perceber o risco de fratura. O número de doentes com osteoporose e fraturas tem vindo a aumentar, fruto de uma menos atenção para esta epidemia e de um decrescente número de doentes tratados.

O tratamento da osteoporose realiza-se com medicamentos anti osteoporóticos e só assim é possível reduzir o número de doentes com e o número de fraturas. A vitamina D e o sol são um complemento a um tratamento anti-osteoporótico e por isso a comemoração do Dia Internacional do Sol é a oportunidade ideal para saber como está a saúde dos seus ossos.

Na quarta-feira, em Lisboa, foram feitos 83 rastreios à osteoporose, 17 dos quais confirmaram a presença da doença, 46 mostraram um estado de osteopenia e os restantes não mostraram indicadores de fragilidade óssea.

Esta quinta-feira, poderá fazer o seu rastreio gratuito na Praça da República, em Coimbra, até às 18h30, e no domingo terá também essa oportunidade se passar pelo Cais de Gaia, em Gaia, a partir das 09h30. Presentes nestas ações estarão também médicos reumatologistas que ajudarão a perceber quais os passos a dar nos casos em que a doença está já instalada.