Os atletas infetados estão confinados em "quartos muito pequenos", que não podem arejar e nos quais não veem a luz do dia, lamentou o NOC-NSF - fusão do Comité Olímpico Holandês (NOC) e da Federação Esportiva Holandesa (NSF).

"O que está a acontecer aqui é inaceitável", declarou Maurits Hendriks, diretor técnico do NOC-NSF, em conferência de imprensa em Tóquio.

"Não é o que se espera da organização japonesa quando se trata de isolar. Essas pessoas veem os seus sonhos olímpicos desaparecerem e depois são colocadas em péssimas condições", acrescentou.

O diretor técnico e a sua equipa afirmaram terem pedido durante meses à organização informações sobre os protocolos, mas nunca obtiveram resposta.

A equipa anunciou que se reunirá nesta terça com o Comité Olímpico Internacional (COI) e convidaram a organização dos Estados Unidos, que também está com muitas infeções em a sua equipa.

O NOC-NSF também pediu ao embaixador holandês no Japão para usar os seus contactos para que as suas preocupações cheguem "ao mais alto nível".

Dezenas de atletas e membros das equipas voaram de Amsterdão para Tóquio no sábado 17 de julho.

Depois, seis holandeses - incluindo a skater Candy Jacobs, o taekwondista Reshmie Oogink, um membro da equipa técnica de rafting, o skiffer Finn Florijn e o tenista Jean-Julien Rojer– testaram positivo para o coronavírus.

Cinco deles viajaram no mesmo avião, "mas não há nenhuma garantia de que as infeções se originaram lá", declarou Hendriks.

Outras causas poderiam explicar essas infeções, especialmente a propagação da variante Delta na Holanda, assim como a situação no Japão que não permite aos atletas evitarem totalmente o contacto com os moradores locais, afirmou.

A equipa de rafting holandesa também está a seguir normas sanitárias suplementares, como a proibição de uso do refeitório, da área destinada ao aquecimento e do autocarro de transporte da Vila Olímpica à área de treino.