Em causa está a suspensão da atividade dessa infraestrutura no passado dia 12 de agosto, depois de detetada uma alegada falha na cadeia de refrigeração de cerca de 1.000 vacinas, por causas ainda a ser investigadas pela Inspeção-Geral das Atividades em Saúde.

“Temos que ter a certeza de que, ao reabrir, as operações vão correr bem e, também, que aquilo tem utilidade, porque, nesta fase, começamos a estar no fim [da vacinação massiva] e podemos chegar à conclusão de que abrir uma estrutura daquelas no fim do processo pode já não ser útil”, declarou o vice-almirante Henrique Gouveia e Melo, hoje em ao centro de vacinação de São João da Madeira, no distrito de Aveiro.

Um eventual encerramento por questões de serventia já cumprida poderá verificar-se, aliás, “sem nada de negativo” associado ao modelo de funcionamento do Queimódromo – até porque, embora remetendo mais detalhes para as autoridades de saúde, o coordenador da Task Force admitiu “boas notícias” quanto à eficácia das vacinas administradas nos dias anteriores à identificação da referida falha na cadeia de frio.

Quanto ao motivo concreto que levou a esse problema térmico, o vice-almirante disse estar ainda a aguardar as conclusões da investigação em curso.

“Estes inquéritos obrigam a algum detalhe. Não pode ser ‘vou lá, faço três perguntas e no dia seguinte tomo uma decisão’. Teve-se que verificar procedimentos, que verificar se esses procedimentos eram suficientemente robustos e, se não o eram, o que fazer para que se tornassem mais robustos. É também um processo de reaprendizagem”, justificou.

Concluindo que “a abertura ou não do Queimódromo está um bocado dependente disso”, Gouveia e Melo garantiu assim que “não há nenhum entrave psicológico” a uma eventual retoma da atividade clínica nesse espaço do Porto.

Segundo o mais recente balanço da agência noticiosa France-Presse, desde a descoberta do vírus SARS-CoV-2 em dezembro de 2019 a covid-19 já provocou pelo menos 4,439 milhões de mortes em todo o mundo, entre cerca de 212,4 milhões de infetados.

Em Portugal, onde o primeiro caso de covid-19 foi diagnosticado em março de 2020, a Direção-Geral da Saúde já registou 17.645 óbitos entre 1.020.546 casos de infeção confirmada.