António Lacerda Sales, que falava na conferência de imprensa diária de atualização sobre a pandemia da covid-19 em Portugal, salientou que a decisão de Marcelo Rebelo de Sousa vai ai encontro do “discurso cauteloso” das autoridades de saúde, nomeadamente do Ministério da Saúde e da Direção-Geral da Saúde (DGS), apontando que têm sido tomadas medidas “de acordo com a própria proporcionalidade do próprio surto”.
“O decreto do senhor Presidente da República vai ao encontro do nosso discurso cauteloso. O regresso à atividade mais normal não é incompatível com a manutenção da contenção social e das medidas que temos tomado ao longo deste tempo. Isto é um surto global, um surto com grande dinamismo. Pensamos que sim, que o decreto vai ao encontro das diferentes medidas cautelosas que temos vindo a tomar e que vamos com certeza continuar a tomar”, disse o governante.
O Presidente da República propôs hoje ao parlamento a segunda prorrogação do estado de emergência em Portugal, por novo período de 15 de quinze dias, até 02 de maio, para permitir medidas de contenção da covid-19.
O chefe de Estado anunciou o envio desta proposta para o parlamento numa nota divulgada no portal da Presidência da República na Internet, após ter recebido parecer favorável do Governo.
A nível global, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 137 mil mortos e infetou mais de dois milhões de pessoas em 193 países e territórios. Mais de 450 mil doentes foram considerados curados.
Em Portugal, morreram 629 pessoas das 18.841 registadas como infetadas.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa quatro mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.
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