De acordo com informação do Centro Europeu para a Prevenção e Controle de Doenças (ECDC), a incidência de novos casos de covid-19 em 14 dias na Europa mantém-se em níveis elevados em pessoas com mais de 65 anos, embora tenha caído pela quarta semana.

A queda, segundo o ECDC, situou-se nos 18% e a incidência, com dados registados até 24 de abril, ficou em 1.014 novos casos por 100 mil habitantes, com a Polónia abaixo dos 40, Suécia e Roménia entre os 40 e 100, Bulgária, Croácia, Hungria, Holanda e Noruega entre os 100 e os 300 e outros 22 países acima dos 300 novos casos.

Para os maiores de 65 anos, a incidência média na UE/EEE é de 973 novos casos por 100 mil habitantes, menos 8%, embora represente 75% do máximo atingido durante a pandemia no continente, pelo que o ECDC considera importante continuar a monitorizar a situação de perto.

A taxa de internamentos, com dados de 17 dos 30 países da região, caiu de 9,3 por 100 mil habitantes para 8,8 na última semana.

A admissão em cuidados intensivos, com dados de 12 países, foi de 0,7 por 100 mil habitantes, uma décima a menos.

O ECDC salientou que a taxa semanal de testes à covid-19 caiu 17% na última semana para 2.384 por 100 mil habitantes, enquanto a positividade média nos testes foi de 15,5%, quase quatro pontos percentuais a menos.

A taxa de mortalidade em 14 dias, diminuiu pela segunda semana consecutiva, foi de 19,2 por 1 milhão, 19% menos.

Cem por cento dos casos registados correspondem à variante Ómícron e, destes, 95,5% correspondem à subvariante BA2.

Segundo os dados, 83,4% da população com mais de 18 anos tem a vacinação completa, uma percentagem que cai para 72,6% na população total, embora os valores de cobertura variem significativamente entre os diferentes países.

Os dados indicam também que 64% dos maiores de 18 anos (53,2% da população total) receberam a dose de reforço.

Para a próxima semana prevê-se uma tendência de diminuição de novos casos e de aumento de internamentos e óbitos, embora o ECDC alerte para a fraca fiabilidade das previsões devido a alterações nos critérios de testagem e procedimentos de notificação.

A covid-19 causou mais de seis milhões de mortos em todo o mundo desde que a doença foi detetada, no final de 2019, em Wuhan, no centro da China.

A variante Ómicron, que se dissemina e sofre mutações rapidamente, tornou-se dominante no mundo desde que foi detetada pela primeira vez, em novembro, na África do Sul.