Marta Temido falava no final de uma cerimónia de assinatura de um protocolo com o setor social no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), no Palácio Marquês do Alegrete, em Lisboa, sessão que foi presidida pelo primeiro-ministro, António Costa.
“Junto da Comissão Europeia e outros países que estão no processo de compras conjuntas, Portugal e o Governo continuam empenhados no sentido de tentar agilizar a entrega de uma maior quantidade de vacinas” contra a covid-19, declarou.
De acordo com a titular da pasta da Saúde, neste momento, “este é um tema que está em cima da mesa”.
“Nos próximos dias, temos a possibilidade de possuir mais doses de vacinas de entrega antecipada da Pfizer, através de cedências de outros países que se encontram com as respetivas campanhas de vacinação em outras fases”, adiantou Marta Temido.
Perante os jornalistas, no entanto, a ministra da Saúde não especificou essa quantidade de vacinas de entrega antecipada a Portugal.
Marta Temido reconheceu o “constrangimento” existente esta semana ao nível da disponibilidade de vacinas, ao lembrar a dependência “daquilo que é o ‘stock’ de vacinação”, embora tenha assegurado que a atual circunstância “irá ficar ultrapassada ao longo dos próximos dias”.
A governante acrescentou que o país vai ter mais entregas de vacinas e desvalorizou o atraso na abertura do autoagendamento para as pessoas a partir dos 20 anos.
“É apenas um atraso na abertura do autoagendamento para uma determinada faixa etária. Esses atrasos na abertura do autoagendamento têm acontecido várias vezes por questões de gestão das filas de espera e do número de inscritos, portanto, não há nada de extraordinário e a campanha de vacinação prossegue de acordo com aquilo que está programado”, frisou.
Recorrendo às declarações feitas na véspera pelo coordenador do processo de vacinação contra a covid-19, o vice-almirante Henrique Gouveia e Melo, a ministra da Saúde enfatizou ainda o “ritmo muito encorajador” da campanha de vacinação.
“Nós conseguimos vacinar nas últimas semanas, em cada um dos dias, mais de 120 mil pessoas, em média. Isso permitiu-nos atingir já uma vacinação de uma parte significativa da nossa população e, sobretudo, ter a expectativa de na segunda semana de agosto conseguir atingir uma nova marca em termos daquilo que é o nosso calendário”, referiu.
Em Portugal, desde o início da pandemia, em março de 2020, morreram 17.219 pessoas e foram registados 935.246 casos de infeção, segundo a Direção-Geral da Saúde.
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