Em comunicado, o organismo liderado por Ana Rita Cavaco sublinhou também o reconhecimento “consensual” do papel dos enfermeiros “no êxito da vacinação em Portugal” e lembrou que estes profissionais de saúde estarão entre os grupos prioritários para a administração das vacinas contra o novo coronavírus.

“Os enfermeiros estão preparados e reúnem as competências para contribuir para o sucesso do plano contra a covid-19 em todo o mundo, tal como aconteceu com a vacina da varíola, a primeira vacina implementada à escala mundial, em 1956, com o patrocínio da Organização Mundial de Saúde (OMS)”, pode ler-se no documento.

Com cerca de 22 milhões de doses já reservadas pelo país para fazer face à pandemia, que serão gratuitas para a população, a OE destacou também a importância do plano de vacinação incluir na sua estratégia a “logística do armazenamento e distribuição das vacinas, garantindo o registo eletrónico da respetiva administração e da vigilância de reações adversas, para as quais a OE tem vindo a alertar”.

Segundo o secretário de Estado Adjunto e da Saúde, António Lacerda Sales, a vacinação contra a covid-19 vai ser assegurada prioritariamente por cerca de 40 mil enfermeiros do Serviço Nacional de Saúde (SNS), acrescentando que, se for necessário, serão reforçados estes recursos.

As vacinas contra a covid-19 vão começar a ser administradas a partir de janeiro, sendo os grupos prioritários as pessoas com mais de 50 anos com patologias associadas, residentes e trabalhadores em lares, e profissionais de saúde e de serviços essenciais.

A informação foi divulgada na quinta-feira por Francisco Ramos, coordenador do grupo que preparou o plano de vacinação, segundo o qual numa segunda fase a prioridade será para pessoas com mais de 65 anos sem patologias associadas, e pessoas com mais de 50 anos, mas com um leque mais alargado de patologias associadas, como a diabetes.

Em Portugal, morreram 4.803 pessoas dos 312.553 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.