Os restantes surtos dividem-se da seguinte forma: nove no centro, 61 na em Lisboa e Vale do Tejo (LVT), nove no Alentejo e 12 no Algarve.

Durante a habitual conferência de imprensa, em Lisboa, destinada a atualizar a informação relativa à situação da pandemia em Portugal, a ministra assinalou que passam hoje seis meses sobre o registo dos primeiros dois casos no país.

A taxa de incidência a sete dias é agora de 22,9 novos casos por 100.000 habitantes e a 14 dias é de 38,2 novos casos por 100.000 habitantes, taxas que registam “uma tendência crescente”, assumiu Marta Temido.

De acordo com os números que divulgou, também o índice de transmissibilidade (RT) apurado entre 24 e 28 de agosto registou “uma tendência ligeiramente crescente”. Este índice tem estado acima de 1 é agora de 1,16, disse.

Ao fazer um breve balanço dos últimos seis meses, a ministra destacou que o Serviço Nacional de Saúde (SNS) garantiu resposta às necessidades de assistência de todos os residentes em Portugal.

“Hoje estamos mais preparados para enfrentar um eventual recrudescimento da pandemia. Temos mais recursos, mais organização e mais experiência”, frisou.

Marta Temido sublinhou também que, como toda a Europa, Portugal enfrenta “um contexto complexo”, com o regresso às aulas, a gripe sazonal e o habitual acréscimo de mortalidade nos meses de inverno, sobretudo na população mais idosa.

Enquanto não houver uma vacina ou tratamento eficaz, advertiu, a responsabilidade na prevenção dos contágios continua a ser de todos dos cidadãos.

“Vale a pena garantir um nível de prevenção elevado, envolvendo toda a sociedade”, reiterou.

Portugal regista hoje mais três mortos e 390 novos casos de infeção por COVID-19, em relação a terça-feira, segundo o boletim epidemiológico diário da Direção-Geral da Saúde (DGS).

De acordo com o boletim, desde o início da pandemia até hoje registam-se 58.633 casos de infeção confirmados e 1.827 mortes.

Os dados da DGS indicam que as três vítimas mortais foram registadas na região de Lisboa e Vale do Tejo, que contabiliza 30.208 casos (mais 168) e 671 mortos.