Oxford estima que este estudo é o primeiro a ser publicado sobre uma vacina de vetor de adenovírus por spray nasal.

Os investigadores observaram uma resposta de anticorpos nas mucosas nasais "numa minoria de participantes", explicou a universidade de Oxford.

A resposta imunológica "sistémica à vacinação intranasal também foi mais fraca que uma vacinação intramuscular", acrescentou o comunicado.

"Este spray nasal não funcionou tão bem quanto esperávamos", comentou Sandy Douglas, professora associada da universidade que participou do estudo.

A responsável ressaltou que um estudo na China obteve bons resultados com um vaporizador mais complexo que lança a vacina mais profundamente nos pulmões e estimou, portanto, que é possível que uma grande parte da vacina testada tenha caído nas vias digestivas com o spray nasal utilizado.

O estudo utilizou o mesmo vetor adenovírus que é usado para a vacina desenvolvida pela Oxford com a AstraZeneca, um dos primeiros soros contra a COVID-19 introduzidos no mercado no auge da pandemia.

"Administrar vacinas pelo nariz e vias aéreas é uma das formas mais promissoras de obter imunidade" e "poderia acabar com infeções leves por COVID-19 e transmissão do vírus de forma mais eficaz do que vacinas injetadas", observou Adam Ritchie, um dos líderes do programa de vacinas da Oxford.

A vacina nasal também tem o benefício de "evitar o uso de uma agulha. Muitos pais sabem que sprays nasais já são usados para vacinas contra a gripe oferecidas às crianças em idade escolar em alguns países, incluindo o Reino Unido", acrescentou.

O ensaio envolveu trinta pessoas que não tinham sido vacinadas anteriormente.