Em 24 horas, o país sul-americano registou 480 mortes e 25.822 casos da doença provocada pelo novo coronavírus.
O Governo brasileiro também destacou que 7.207.483 pessoas infetadas já recuperaram da doença, enquanto que 720.549 pacientes contaminados estão sob acompanhamento médico.
Com números de contaminações e vítimas mortais em alta, o ministro da Saúde brasileiro, Eduardo Pazuello, afirmou que o país estuda aplicar, inicialmente, apenas uma dose do imunizante desenvolvido pela universidade de Oxford com o laboratório Astrazeneca para travar a contaminação da população por covid-19.
“Com duas doses [da vacina de Oxford] você vai a 90 e tantos por cento [de imunização], com uma dose vai a 71%. Com 71% talvez a gente entre para imunização em massa, é uma estratégia que a Secretaria de Vigilância em Saúde vai fazer para reduzir a pandemia”, disse.
“Talvez o foco seja não na imunidade completa, mas sim a redução da contaminação e aí a pandemia diminui muito. Podendo aplicar a segunda dose na sequência, chegando a 90%”, acrescentou.
Já o vice-presidente do Brasil, Hamilton Mourão, afirmou hoje que tomará a vacina contra a covid-19, após ter contraído a doença, posição contrária à do Presidente, Jair Bolsonaro, que tem recusado a imunização por já ter estado infetado.
Mourão, que hoje regressou ao trabalho após 12 dias de isolamento devido à covid-19, tendo sofrido sintomas ligeiros, foi questionado pelos jornalistas se tomará algum imunizante contra o novo coronavírus. O governante declarou que sim, mas que não passará à frente na fila de vacinação.
“Dentro da minha vez. Eu sou o grupo 2, aí, de acordo com o planeamento. Não vou furar a fila, a não ser que seja propagandístico (…) Acho que a vacina é para o país como um todo, uma questão coletiva, não é individual. O indivíduo, aqui, está subordinado ao coletivo neste caso”, disse o vice-presidente brasileiro.
Apesar de mais de 50 países no mundo, incluindo vários da América Latina, como Argentina, Chile, México e Costa Rica, já terem iniciado campanhas de vacinação contra o novo coronavírus, o Brasil ainda não definiu uma data para o arranque da imunização da população.
A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.934.693 mortos resultantes de mais de 90,1 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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