No total, o país sul-americano concentra 162.628 óbitos e 5.675.032 casos confirmados, num momento em que o Governo brasileiro ainda enfrenta problemas técnicos em relação à contabilização dos dados da pandemia em alguns estados do país, como São Paulo.
Devido a esses problemas, que se arrastam desde a última quinta-feira, a tutela da Saúde não atualizou o número de pessoas já recuperadas da doença, assim como dos pacientes que ainda se encontram sob acompanhamento médico devido à infeção pelo novo coronavírus.
A divisão brasileira da farmacêutica Pfizer anunciou na tarde de ontem que pretende reatar as negociações com o Governo brasileiro para a compra antecipada de lotes da sua vacina contra a covid-19, segundo a imprensa local.
“A Pfizer continua em contacto com o Governo brasileiro e ofereceu a possibilidade de encaminhar uma proposta atualizada de fornecimento da sua potencial vacina, sujeita à aprovação regulatória, que permitiria vacinar milhões de brasileiros”, disse a Pfizer Brasil, em comunicado à imprensa, acrescentando que aguarda “um retorno do Ministério da Saúde” para continuar as negociações.
Horas antes, a farmacêutica revelou que dados provisórios sobre a sua vacina indicam que pode ser eficaz em 90% dos casos e que este mês pedirá o uso em situações de emergência nos Estados Unidos.
A Pfizer não forneceu mais detalhes sobre estes casos e alertou que a taxa de proteção inicial pode mudar até o final do estudo.
Já o vice-presidente brasileiro, Hamilton Mourão, declarou ontem que o Brasil poderá comprar a vacina da Pfizer contra o novo coronavírus, frisando que não acompanha de perto as negociações do executivo por um imunizante.
“Esse assunto obviamente está ligado ao Ministério da Saúde, à Casa Civil, Presidência da República. Eu não tenho participado diretamente nas discussões sobre quais vacinas estão a ser adquiridas, quais vacinas estão na mira do nosso Ministério. Acredito que essa vacina da Pfizer, uma vez sendo comprovada essa eficiência de 90%, ela terá uma boa prioridade e poderá ser objeto de compra por parte do nosso Governo”, declarou Mourão, em entrevista à rádio Bandnews.
O Brasil é o país lusófono mais afetado pela pandemia e um dos mais atingidos no mundo, ao contabilizar o segundo número de mortos (mais de 5,6 milhões de casos e 162.397 óbitos), depois dos Estados Unidos.
A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.255.803 mortos em mais de 50,3 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
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