“Concluiu-se que não é um evento adverso à vacina. Não há relação com o imunizante administrado. O que se descobriu, infelizmente, foi um problema cardíaco que os pais desconheciam”, declarou o secretário de Saúde de São Paulo, Jean Gorinchteyn, numa conferência de imprensa.
Devido a esta ocorrência, a cidade de Lençóis Paulista, com 70 mil habitantes e localizada no interior do estado de São Paulo, suspendeu por sete dias a vacinação de crianças entre 5 e 11 anos e a campanha de imunização infantil que começou na última sexta-feira no Brasil.
Segundo o secretário de Saúde, que é médico infecciologista, com a conclusão alcançada no caso espera-se que a vacinação seja retomada naquele município para que todas as crianças “regressem às aulas protegidas”.
A criança, que sobreviveu, recebeu a primeira dose pediátrica da vacina da Pfizer/BioNTech na quarta-feira.
Em nota, a Pfizer afirmou que “não existem alertas de segurança graves relacionados com o imunizante” e que os ensaios clínicos com 2.268 crianças realizados nos Estados Unidos, Finlândia, Polónia e Espanha “apresentaram respostas robustas na produção de anticorpos e um perfil de segurança favorável”.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), órgão regulador de medicamentos no Brasil, autorizou hoje a aplicação em crianças de 6 a 11 anos da vacina Coronavac, do laboratório chinês Sinovac, que é produzida no Brasil pelo Instituto Butantan, ligado ao governo de São Paulo.
Crianças de 5 anos, que não foram autorizadas a receber o Coronavac, serão vacinadas com o imunizante da Pfizer.
Atualmente o Brasil enfrenta os maiores picos de infeções durante a pandemia, mas sem aumento de mortes, o que é atribuído ao progresso da vacinação que a já atingiu quase 70% de sua população.
O Brasil tem quase 23,5 milhões de casos confirmados e se aproxima de 622 mil mortes provocadas pela covid-19.
A covid-19 provocou 5.553.124 mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China.
Uma nova variante, a Ómicron, classificada como preocupante e muito contagiosa pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi detetada na África Austral e, desde que as autoridades sanitárias sul-africanas deram o alerta em novembro, tornou-se dominante em vários países, incluindo em Portugal.
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