“A etapa hoje concluída com a avaliação favorável desta primeira vacina para prevenir a covid-19 constitui um passo decisivo no combate a esta pandemia que nos afeta a todos”, sublinhou o presidente da Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde.

Citado em comunicado, Rui Santos Ivo deixou elogios à agência europeia, considerando que a decisão hoje anunciada é mais um exemplo ilustrativo de como o sistema europeu de avaliação de medicamentos é uma mais valia.

A EMA aprovou hoje a utilização da vacina da Pfizer-BionNTech contra a covid-19, que poderá assim começar a ser administrada na União Europeia ainda este ano.

Em reação à aprovação da vacina ‘Comirnaty’, o presidente do Infarmed saudou também os peritos do regulador português que participaram no processo de avaliação.

“O Infarmed reconhece publicamente o contributo de todos os seus peritos que de forma dedicada participam nesta avaliação para podermos dar confiança aos nossos concidadãos na qualidade, segurança e eficácia da vacina e que agora continuarão a trabalhar na monitorização da sua utilização”, sublinha Rui Santos Ivo.

A vacina desenvolvida conjuntamente pelos laboratórios Pfizer e BioNTech (Alemanha) é a primeira a ser aprovada para utilização na UE. Esta mesma vacina já começou a ser administrada em vários países ocidentais, como por exemplo no Reino Unido e nos Estados Unidos.

Para que a esta vacina possa começar a ser comercializada e administrada na UE, resta agora a aprovação pela Comissão Europeia, o que deverá acontecer no espaço de 48 horas, permitindo assim que a campanha de vacinação arranque nos Estados-membros a partir de 27 de dezembro, como anunciara a presidente do executivo comunitário, Ursula von der Leyen.

Além da ‘Comirnaty’, a Comissão Europeia já tem uma carteira com seis outras potenciais vacinas, desenvolvidas pela AstraZeneca, Sanofi-GSK, Johnson & Johnson, CureVac e Moderna.

Esta última deverá ser a próxima a receber 'luz verde' da EMA, estando o parecer da agência europeia provisoriamente agendado para 06 de janeiro, revelou hoje mesmo a diretora-executiva da EMA, Emer Cooke.