Graça Freitas falava em conferência de imprensa sobre o surto que atingiu este hospital privado.

Apenas um dos seis casos confirmados é de um doente que apresenta várias patologias, não sendo os restantes “nem muito idosos nem muito frágeis”, disse. Segundo Graça Freitas, os chuveiros são a fonte mais provável do surto, ou as torneiras, embora estas sejam “menos prováveis”.

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Os primeiros quatro casos de legionela foram conhecidos no domingo e os restantes comunicados hoje pelas autoridades.

A bactéria legionela é responsável pela doença dos legionários, uma forma de pneumonia grave que se inicia habitualmente com tosse seca, febre, arrepios, dor de cabeça, dores musculares e dificuldade respiratória, podendo também surgir dor abdominal e diarreia. A incubação da doença tem um período de cinco a seis dias depois da infeção, podendo ir até dez dias.

A infeção pode ser contraída por via aérea (respiratória), através da inalação de gotículas de água ou por aspiração de água contaminada. Apesar de grave, a infeção tem tratamento efetivo.

233 casos em apenas um ano

Portugal registou no ano passado 233 casos de infeção por legionela, sendo 174 casos isolados e 59 do surto do hospital São Francisco Xavier, em Lisboa.

Os dados oficiais, embora ainda provisórios, foram hoje revelados pela diretora-geral da Saúde numa conferência de imprensa destinada a fazer o ponto da situação do surto de legionela detetado no sábado no hospital privado CUF Descobertas, em Lisboa

Segundo Graça Freitas, o surto ocorrido em novembro no hospital São Francisco Xavier provocou 59 infetados e cinco mortos.

Anteriormente, o balanço apontava para seis vítimas mortais, mas concluiu-se que um dos infetados que acabou por morrer teve outra causa de morte que não a da infeção por legionela, da qual acabou por se curar.