A Administração Regional de Saúde do Norte anunciou hoje uma redução de 30 por cento nos custos com serviços de vigilância e segurança nos centros de saúde e poupar 1,3 milhões de euros por ano.

Pimenta Marinho, vice-presidente do Conselho de Administração da ARS/Norte, explicou que esta poupança irá resultar de uma reorganização de horários ou, até, dispensa do vigilante, nos casos em que isso se justifique e sem por em causa a segurança das pessoas e bens.

“Foi solicitado aos centros de saúde que avaliassem o risco que havia relativamente à segurança e chegaram à conclusão que é possível reduzir essa prestação de serviço, mantendo da mesma forma a segurança das pessoas e bens”, frisou o responsável.

Pimenta Marinho garantiu à Lusa que este processo decorreu de forma pacífica, na medida em que foi decidido em articulação com cada um dos centros de saúde da região.

“Nem todos os locais têm o mesmo risco e, portanto, o que foi pedido foi esse envolvimento das unidades de saúde para que fosse possível reduzir despesas, sem pôr em causa a prestação de cuidados, mas também a segurança”, frisou.

O reajustamento dos horários da prestação de serviço em questão (assegurada por empresas privadas) entrou hoje em vigor.

Esta medida integra-se nos compromissos assumidos pelo Estado no Memorando de Entendimento estabelecido com a Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional, com o objetivo de assegurar a sustentabilidade das contas públicas através de uma maior eficácia e eficiência das várias estruturas da Administração Pública.

O resultado do exercício efetuado corresponde à conclusão de um trabalho que há vários meses vinha sendo realizado (unidade de saúde a unidade de saúde, de forma personalizada), tendo presente, nomeadamente, as características geográficas e a densidade populacional.

“Além de não colocar em causa a prestação de cuidados de saúde e segurança dos utentes, profissionais e bens patrimoniais, permitirá uma poupança anual de 28,82 por cento (1.311.579,76 euros)”, acrescentou.

05 de setembro de 2011

Fonte: Lusa