"Persistem comportamentos de risco, como o não uso do preservativo e a existência de relações múltiplas. Um dos passos seguintes é concentrar as atenções nas províncias onde antes não se tinha dado muita atenção", afirmou o diretor-nacional de Saúde Pública, Francisco Mbofana, citado pelo diário Notícias.

De acordo com o inquérito, divulgado na segunda-feira e que incidiu sobre a população na faixa entre os 15 e os 49 anos, o índice de infeção é maior nas zonas urbanas, com 16,8%, enquanto nas zonas rurais atinge os 11%.

As mulheres são o grupo mais atingido pelo VIH/Sida, com uma taxa de prevalência de 20,5%, sendo 15,4% entre as mulheres das zonas urbanas e 12,6% nas zonas rurais.

Entre os homens, a prevalência é de 12,3%, com 10,1% nas cidades, e 8,6% nas áreas rurais.

Por províncias, Gaza, sul de Moçambique, apresenta o nível de prevalência mais elevado, com 24,4%, seguida da província de Maputo, sul, 22,9%, e da cidade de Maputo, 16,9%.

A província de Tete, centro do país, apresenta a taxa mais baixa, com 5,2%, seguida da província de Niassa, 7,8%, e da província Inhambane, 8,6%.

"A prevalência tem uma relação direta com a idade, sendo que atingiu o pico na faixa etária entre 35 e 39 anos de idade, com uma taxa entre 17,5% e 23,4%, respetivamente, e uma redução nos homens e mulheres de 15 a 19 anos de idade, com taxas de 1,5% e 6,5%, respetivamente", indica o inquérito.

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A faixa etária entre 50 e os 59 anos regista uma taxa de prevalência entre 11,2% e 12,6%, respetivamente, lê-se no estudo.

De acordo com o IMASIDA, a maioria dos casais moçambicanos são concordantes seronegativos, 83,3%, uma redução de 3% em comparação com os resultados do inquérito realizado em 2009.

O inquérito baseou-se em entrevistas a 5.283 homens e 7.749 mulheres, em 7.169 agregados familiares, de junho a dezembro de 2015.

O relatório final do IMASIDA será apresentado em setembro e vai incluir resultados da prevalência da malária e hepatite B.