As câmaras expansoras, frequentemente usadas no auxílio do tratamento da asma infantil, têm sido reconhecidas como tendo mais benefícios do que os nebulizadores (ou máquinas de vapores).
O Estado passa a comparticipar o preço das câmaras expansoras aos beneficiários do Serviço Nacional de Saúde (SNS) que apresentem prescrição médica. O valor da comparticipação corresponde a 80% do preço, não podendo exceder os 28 euros.
A comparticipação fica limitada a uma câmara expansora por utente e por cada período de um ano.
Esta comparticipação já tinha sido decidida e publicada a respetiva legislação em agosto, mas só agora entrará em vigor.
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Cristina Bárbara, coordenadora do programa Nacional para as Doenças Respiratórias, lembra que até há dois ou três anos havia “uma prescrição elevadíssima de aspiradores de secreções”, por exemplo, sendo este um método que pode provocar infeção respiratória.
Impedindo-se a comparticipação dos aspiradores de secreções – que eram muito usados pela população idosa – conseguiu-se um decréscimo de internamentos por doença respiratória.
Além disso, os peritos querem evitar o recurso a nebulizações em aerossóis, considerada uma prática pior do que as câmaras expansoras.
“Uma criança com uma infeção viral numa urgência, e que está com aqueles vapores todos em nebulização, afeta todas as outras crianças que estão à volta. Por isso é considerado uma pior prática”, exemplificou a responsável, indicando ainda que também “em casa aqueles aparelhos de aerossóis são o maior meio de cultura de bactérias”.
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