"O BE foi o primeiro partido que apresentou essa proposta no parlamento porque acreditamos que a avaliação não deve servir para excluir e selecionar os alunos, tratando de forma igual aquilo que é diferente", afirmou.

A parlamentar bloquista disse que "os exames se limitavam a afastar das escolas alunos com maiores dificuldades".

"A avaliação deve ser capaz de perceber se a escola que temos está a transmitir conhecimentos e se os alunos estão a ter capacidade de aprender. Deve perceber se a escola está a ensinar a aprender, em vez de aplicar exames da mesma forma a alunos de contextos tão diferentes, sem qualquer benefício para o percurso escolar e inclusão social", continuou Joana Mortágua.

O Conselho de Ministros marcou hoje aquelas provas nacionais para 6 (Português) e 8 de junho (Matemática), podendo as escolas, contudo, não as fazer este ano.

O responsável pela "pasta", Tiago Brandão Rodrigues, explicou tratar-se de um "regime transitório" que permitirá aos diretores escolares optarem por não efetuar as provas de aferição nos diversos anos do ensino básico, desde que fundamentem essa decisão.

A deputada do PCP Paula Santos também considerou positivo o fim dos exames do 4. e do 6.º anos de escolaridade, acrescentando que a medida governamental "vai ao encontro de um conjunto de propostas" comunistas.

"Para o PCP, o fim dos exames do 4.º e 6.º ano constitui uma medida positiva para as escolas, os estudantes e a educação. Contrariamente àquilo que tem sido dito muitas vezes, de que estas medidas estão a ser tomadas à pressa, é importante ter em conta e não esquecer os últimos quatro anos, de lutas e contestação", lembrou a parlamentar do PCP, nos passos perdidos do parlamento.

Paula Santos comentava a decisão do Conselho de Ministros de marcar as novas provas nacionais de aferição no 2.º, 5.º e 8.º anos para 06 (Português) e 08 de junho (Matemática), podendo as escolas, contudo, não as fazer este ano. O responsável pela "pasta", Tiago Brandão Rodrigues, explicou tratar-se de um "regime transitório" que permitirá aos diretores escolares optarem por não efetuar as provas de aferição, desde que fundamentem essa decisão.

"Este modelo vai ao encontro de um conjunto de propostas que há muito o PCP tinha vindo a defender", disse Paula Santos, distanciando-se do "modelo de avaliação restritivo, seletivo, que criava obstáculos aos estudantes para prosseguirem os seus estudos e foi implementado por PSD e CDS".