A informação foi avançada pela diretora nacional de Saúde Pública de Angola, Helga Freitas, que considerou Angola ”um exemplo” na resposta da covid-19 devido às ações de “sucesso” desenvolvidas no controlo à pandemia nos últimos três anos.

De acordo com a responsável, que falava na cerimónia de encerramento do projeto do Centro de Prevenção e Controlo de Doenças (CDC, na sigla inglesa) dos Estados Unidos da América (EUA), Angola deu uma resposta “rápida e eficaz” na vigência da covid-19.

“Um dos elementos-chave para o sucesso da resposta à pandemia da covid-19 foi a criação de uma estrutura multissetorial e multidisciplinar, seguindo um roteiro o plano de contingência para a tomada de decisões”, salientou.

Destacou o desempenho da referida estrutura no asseguramento e coordenação das ações, referindo que a precisão da sua execução facilitou financiamento com base nos recursos disponíveis.

“Isto permitiu-nos orientar a resposta do Governo de Angola à pandemia da covid-19 de maneira rápida e eficaz desde o início com medidas de contenção adotadas precocemente que foram sendo ajustadas, gradualmente, de acordo com a situação epidemiológica da covid-19 no nosso país e a nível global”, assinalou.

Helga Freitas, que apresentava o roteiro do país na resposta à covid-19, disse também que a coordenação operacional com os parceiros facilitou a implementação das atividades e a realização de ajustes na execução da mesma.

A sustentabilidade das medidas de controlo da pandemia “foi alcançada por meio do fortalecimento do Sistema Nacional de Saúde para o diagnóstico, internamento e tratamento de casos da covid-19”.

Deu nota igualmente dos investimentos do país em recursos humanos e na expansão das infraestruturas, que contou com um aumento de “cinco vezes mais” camas hospitalares e de cuidados intensivos em relação ao período anterior à pandemia.

A capacidade laboratorial para a confirmação de casos também foi fortemente reforçada”, frisou, realçando que a estratégia de implementação do plano de vacinação foi flexível e focada em cobrir gradualmente a população angolana.

A diretora nacional de Saúde Pública de Angola enalteceu ainda a parceria com o CDC e o seu parceiro de implementação a Rede Africana de Epidemiologia de Campo (AFENET, na sigla inglesa), cujo projeto foi financiado com 1,2 milhões de dólares (1,1 milhões de euros).

Considerou que a parceria com as agências americanas contribuiu para que o Ministério da Saúde respondesse à pandemia de modo eficaz e com base em evidências científicas.

O CDC e o seu parceiro AFENET desempenharam um papel crucial no fortalecimento das capacidades técnicas em vigilância epidemiológica e laboratorial, no apetrechamento de laboratórios e na implementação de sistemas de melhoria da qualidade dos mesmos.

Concluiu realçando que a parceria contribuiu para elevar o nível da capacidade de Angola para a prevenção, preparação e resposta de pandemias e epidemias.